Stakeholders

É um termo que já ouço falar há bastante tempo. Cada organização com seu público-alvo, com seus públicos estratégicos, enfim, novos tempos, novos termos. No entanto, velhos conhecidos, fornecedores, clientes, público interno, acionistas, familiares, entidades de classe, governos. Eles continuam os mesmos, mas suas necessidades, quanta diferença !!

Lembro-me perfeitamente, quando nas aulas de comunicação, aprendíamos os conceitos de público interno, público externo, público misto. Todos eles representavam uma camada da população que tinha suas características, que inclusive poderiam estar geograficamente separados, em função de suas demandas.

Engraçado que, para mim, existia uma fronteira entre esses três personagens. Cada um deveria receber um tratamento diferente. Para o público interno, nada de regalias, eles já são de casa, temos que agradar as visitas, ou seja, o público externo, constituído, até então, pelos clientes. Os fornecedores ainda não estavam na lista de presentes porque atrasavam muito suas entregas.

E o público misto, que são esses caras? um bando de pessoas que, por terem parentes trabalhando em nossa organização, se acham no direito de intromenter em assuntos que não lhe dizem respeito? Sim, isso mesmo, o público misto tem uma característica de público interno e externo e ainda a capacidade de interferir diretamente nos negócios da empresa.

Imaginemos então o mundo como ele é. Com todo esse acesso à informação que os públcos passaram a ter, de certa forma, aumentaram seu grau na relação e começaram a sentir as mesmas necessidades. A classe "C", com o aumento no poder de compra, agora também quer ter um carro importado. E agora, como falar para pessoas completamente diferentes que tem as mesmas necessidades?

Então, o que são os stakeholders, se o século XXI é marcado pela globalização, a abertura econômica, a quebra de paradigmas e fronteiras, a possibilidade de se conectar com diversas culturas, enfim..."Públicos - como identificá-los em uma nova visão estratégica". (Fábio França)

Por Danilo Marinho

Comentários

  1. Excelente reflexão, Danilo. No meu entendimento, é exatamente isto: atualmente não se pode mais ficar aninhando as pessoas em determinados grupos como se eles não se comunicassem, ou mais que isto como se eles não fizessem parte de grupos distintos no mesmo instante (o funcionário que é acionista, o familiar que é imprensa, o fornecedor que é cliente e por aí vai...). Daí que, mais do que nunca, fala-se no alinhamento da comunicação: ou seja, que os discursos (mesmo dirigidos a grupos distintos em momentos distintos) tenham unidade, porque eles vão ser checados e validados na interação em rede.

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