Ação e Reação


Frente a esses novos cenários de globalização, competitividade, velocidade e sem fronteiras, as crises se tornaram grandes vilões das organizações de todas as naturezas. Na maioria dos casos, elas atentam apenas para esse problema quando a crise se aproxima de seus negócios, ou quando se instala na empresa.

Grosso modo, será que essa é uma postura adotada por empresas no mundo todo? Acredito que são poucas as empresas que investem sistematicamente em políticas de gerenciamento de crises. Quem de fato se preparou para a crise pela qual estamos passando?

Quem se lembra da senhora que deixou de pagar o aluguel e desencadeou um verdadeiro colapso no mercado imobiliário americano? Crise anunciada? Foi essa ação que deu início a crise global que vivemos atualmente?

Tudo bem, sei que são muitos os questionamentos, mas se analisarmos as reações das grandes, médias e pequenas organizações perceberemos um ponto em comum: as demissões em massa. Deve ter custado uma grana para essas empresas no pagamento dos direitos trabalhistas dos mais de 10 mil demitidos em função da crise. Certamente sairia mais barato investir nessas novas políticas, a empresa fortaleceria sua imagem, se tornaria mais competitiva, sua credibilidade aumentaria diante de seus públicos estratégicos. Enfim, uma gama de possibilidades que as organizações teriam a seu favor.

Adotar uma postura proativa ou uma postura passiva? Eis a questão. Cada ação implica diretamente em uma reação. Neste caso as demissões. O que fará a diferença é a adoção de posturas mais adequadas para solucionar os problemas vigentes. Algumas adotam posturas proativas, outras preferem esperar a tempestade passar para retomar suas atividades normais.

Penso que, se antecipar, adotar medidas preventivas, são sempre as melhores ações a serem tomadas. Dessa forma as empresas sempre estarão mais preparadas para crise. Assim aconteceu com as empresas que aumentaram seus lucros nesse ano.

Por Danilo Marinho

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