É preciso aprender a falar com a geração Y sem esquecer os demais funcionários

O ambiente digital e o envolvimento dos funcionários ganhou atenção do 13º Congresso Anual de Comunicação Interna da International Business Communications/IBC, integrante do Informa Group, nos dias 23 e 24 de junho de 2009 no Hotel Paulista Plaza em São Paulo/SP. Boas práticas sobre implementação e investimento em canais online, gestão de conteúdo, percepção do colaborador e retorno foram analisados em uma sessão de boas práticas. Mais que uma visão de empresa conectada e atual, estes recursos indicam a busca pela efetividade num tempo de atenções difusas.

Luciana Panzuto, gerente de Comunicação Corporativa da Hewlett-Packard/HP Brasil, fez uma contextualização da chamada Geração Y, que são pessoas ­ agrupadas não por faixa etária, mas sim pela afinidade de comportamentos ­ que buscam reconhecimentos e desafios no ambiente de trabalho, são pautados pelo questionamento, gostam de participar e são frequentemente avaliados pelos colegas como egoístas e arrogantes. Se antes os gestores tinham autoridade sobre suas equipes porque possuíam informações estratégicas exclusivas, o mesmo acontecendo com o poder do conhecimento de professores e pais, hoje a informação está amplamente disponível para diversos públicos. Mesmo dirigida para outras categorias, como acionistas ou consumidores, estão também acessíveis pelos funcionários na rede. Para a executiva, com o aumento do compartilhamento de informação numa sociedade interligada, o que vale é a capacidade de colaboração e não de retenção ou restrição. “A informação só tem valor quando é passada para alguém”, explica.

Para a geração Y, sugere-se a fixação de metas a curto prazo, porque assim há uma representação de maior imediatismo, que combina com a impaciência do grupo. Mas isto não pressupõe forçosamente uma certa superficialidade. Ao contrário, eles teriam valores sólidos e visão aprofundada do cenário. Como são pessoas sempre conectadas a alguma mídia, quando todos os meios se entrelaçam para gerar a comunicação instantânea, algumas alterações são exigidas nos ritos organizacionais, como no caso dos extensos fluxos de aprovação de conteúdos antes da veiculação (murais, boletins, intranet).

Não há dúvida de que preferem ferramentas tecnológicas, informalidade, forma e conteúdo combinados e muita flexibilidade, daí que Luciana alerta: “a comunicação face-a-face é importante, mas esta geração precisa de uma mediação”. Como exemplo disto, ela mostrou vários canais da empresa, como o HPedia, de construção colaborativa de conteúdos em espelho da enciclopédia Wikipedia; o HPFórum, com discussões variadas por temas entre a equipe; o HPUncut, tipo de YouTube interno; e o WaterCooler, espaço agregador de toda a presença digital da empresa para facilitar acesso às atualizações. (Ler mais em mundorp.com.br)

Por Rodrigo Cogo / São Paulo

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