Cidadania corporativa está na base de uma sociedade sustentável

A sétima reunião de 2009 do Comitê de Sustentabilidade da ABERJE ­ que atualmente reúne as Associações Brasileiras de Comunicação Empresarial, Branding e Comunicação Organizacional ­ mostrou que, mais do que desenvolvimento sustentável, é preciso adotar o conceito de sociedade sustentável como eixo da estratégia de negócios. O encontro aconteceu no dia 4 de agosto em São Paulo/SP, quando apresentaram visões corporativas para o tema Alexandre Alfredo, diretor de Relações Institucionais da GE na América Latina, e Sergio Amoroso, presidente do Grupo Orsa, um dos maiores do setor de celulose, papel e embalagens. A coordenação foi do consultor e jornalista Ricardo Voltolini.

Na abertura, o diretor-geral da ABERJE Paulo Nassar assinalou que o comunicador é um ser político e intelectual, e neste sentido precisa dar conta da complexidade dos comportamentos e das dinâmicas sociais. Com isto, afasta-se bastante da visão instrumental e técnica que se via no cotidiano das organizações para virar um pensador. Referindo-se ao nível de importância de todos os interlocutores, sem supremacias de poder, no estabelecimento das políticas de relacionamento corporativo, ele destaca que “não dá para responder às demandas atuais em mesas quadradas, com o mito do justo e do injusto”.

Com operações no Brasil desde 1919, a GE possui oito instalações industriais no país, distribuídas entre os estados de São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro. A empresa emprega cerca de seis mil pessoas no País e tem sua matriz instalada na capital paulista. Todos os 11 negócios da GE, em maior ou menor proporção, mantêm atividades em território brasileiro - de manutenção para motores de aviões a geração de energia, passando por serviços financeiros, eletrodomésticos, equipamentos de diagnóstico por imagem e plásticos de engenharia. Alfredo, que é bacharel em Comunicação pela FIAM e possui mestrado em Jornalismo pela Universidade de Boston/EUA, atuou por mais de 10 anos em publicações no Brasil e nos Estados Unidos e possui uma sólida experiência em Comunicação Corporativa, Relações Públicas e Gerenciamento de Crise, adquirida em cargos de liderança em companhias, como Editora Abril, Ponto.Com, Edelman e Weber Shandiwick, antes de ingressar em 2008 na General Electric.

Ele assinala os pilares da atuação da empresa, baseados no ser “glocal”, em respirar inovação, construir relacionamentos e ampliar a marca, exercendo a cidadania corporativa através de um comportamento pró-ativo na proposta de ser um bom cidadão. O modelo de negócio envolve ser rentável (performance econômico-sustentável), trabalhar de maneira ética e fazer a diferença através da criatividade. Segundo estes preceitos, o empreendimento transformou a “economia do ontem” baseada estritamente em resultado numa visão de sustentabilidade ambiental, social e econômica. O executivo pontua que o panorama atual exige uma conduta em que os caminhos passem por boa governança, inovação e mobilização de talentos, por meio de uma série de programas e ações. (ler mais em mundorp.com.br)

Por Rodrigo Cogo / São Paulo

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